O pensamento sistêmico e a gestão de fluxos de trabalho podem trazer eficiência além da abordagem tradicional.
Num passado recente, empregamos muitos “Times Ágeis”, mas na prática, os resultados ficaram desalinhados com a maioria dos desafios da gestão corporativa.
No final de 2023, gravei um vídeo com o Arie van Bennekum, um dos signatários do Manifesto Ágil sobre Agilidade de Negócios (Business Agility) e a necessidade de desenvolver novas capacidades para alcançar resultados claros de negócio.
Neste bate-papo, Arie menciona que se arrepende de ter usado a palavra “software” no manifesto pelo fato que pode dar a entender que a agilidade se aplica apenas ao desenvolvimento de software.
No entanto, ele explica que a agilidade é muito mais abrangente e envolve todas as áreas de um negócio como marketing, vendas, inovação e recursos humanos.
Ele também destaca a importância de outros aspectos da Agilidade de Negócios, afirmando que não se trata apenas de entregar produtos ou serviços, mas de garantir que toda a organização esteja alinhada e seja capaz de se adaptar às demandas do mercado.
Ressalta ainda que as necessidades do mercado mudam cada vez mais rápido e, por isso, a capacidade de resposta e a velocidade de inovação são fundamentais para o sucesso de uma empresa.
Algumas reflexões
Para explorar este tema, uma das primeiras reflexões que acho interessante trazer é a do Klaus Leopold no livro Repensando a Agilidade (2019).
Klaus aborda a ideia de que ficamos durante muitos anos focados em otimizar times de desenvolvimento de software e esquecemos de olhar para o todo.
Uma pesquisa independente feita pela Planview em 2023, reforça a visão do Klaus, mostrando que este cenário ainda é muito comum até os dias de hoje.
Os dados indicam que apenas 8% do tempo total entre a “ideia” e a “entrega” acontece dentro do desenvolvimento de software, onde segundo Klaus Leopold, nosso foco tem estado.
A mesma pesquisa mostra ainda que os times de desenvolvimento de software são ágeis, mas não “nimble”.
Agile – adaptabilidade, colaboração e flexibilidade
Nimble – habilidade de tomar decisões rápidas e eficazes
A pergunta que fica sobre o “nimble” é: estamos mesmo entregando resultados e em tempo hábil?
Apesar do assunto em torno de “times ágeis” não ser algo novo (ele está em pauta desde antes do movimento “agilidade em escala”), o que o relatório da Planview demonstra é que ainda temos muito a fazer.
O estudo revela não só a falta de uma visão sistêmica, mas também uma falta de atenção aos resultados de negócio. Existe muito foco em times, e no trabalho dentro do organograma.
Nesse sentido, outra reflexão que quero trazer é sobre “fluxos” para pensar nos processos de forma sistêmica.
Um caminho para o sucesso
Aqui na i9 Flow, gostamos de olhar para o que chamamos de “funcionograma”.
No dia a dia das empresas, os fluxos de valor não ficam presos dentro de um silo: eles percorrem toda a empresa. Para melhorar os resultados de negócio, é preciso ir além destes silos e fazer a gestão dos fluxos de valor (VSM – Value Stream Management).
Inclusive, vários métodos e frameworks como o SAFe e o Lean fazem referência ou tratam do VSM.
Na i9 Flow, olhamos para os processos além dos times e áreas e com foco nos resultados de negócio. Por isso, trabalhamos a gestão de fluxos de valor como novas capacidades nos nossos projetos e workshops.
Tem um ditado que diz que otimização local não resolve problemas globais e, por isso, entendemos que é preciso pensar de forma sistêmica.
Faz sentido?
Aqui na i9 Flow, ajudamos as pessoas e empresas a pensarem de forma sistêmica, olhando para os fluxos de valor para alcançar novos resultados. Fale com nossos especialistas!