Aprendendo a refletir sobre os problemas…
Anteriormente, publiquei um artigo onde a premissa era: “Todos os problemas são iguais?”. Sabemos que não. Contudo, muitos profissionais ainda cometem o erro de partir para o desenvolvimento de uma solução sem, ao menos, refletir o mínimo suficiente sobre o problema.
Isto é comum entre especialistas e pode até funcionar se o que está em pauta for algo conhecido, ou seja, já foi feito muitas e muitas vezes e, então, sabe-se onde estão os riscos.
No caso do desenvolvimento de novos produtos e serviços, o jogo precisa ser o de sondar múltiplas ideias, dentro de um ambiente que seja possível gerenciar a falha proveniente deste momento. Além disso, é preciso ter foco no aprendizado.
Saber claramente qual é o problema, impacta no contexto e na construção das hipóteses, nas métricas de acompanhamentos e nos resultados esperados.
Neste cenário, mais do que identificar um problema, é de extrema importância analisar sobre como o mesmo pode afetar todas as partes. É a partir desta análise e observação que será possível propor hipóteses para uma possível solução. Lembre-se que a solução emerge dos resultados que pretende-se alcançar e não daquilo que foi entregue.
É por isso que muitos profissionais de diferentes empresas, quando utilizam ferramentas de apoio como o LBO (Lean Business Opportunity), relatam ter maior clareza e entendimento sobre o problema. Isto permite realizar uma melhor tomada de decisão na hora de empenhar recursos e/ou no desenvolvimento do diferencial competitivo.
Portanto, refletir sobre o problema evitará uma convergência prematura, sendo este um caminho para a jornada do Business Agility.
Sem paixão, ok?
Aqueles profissionais que ainda não refletem sobre o problema acabam por se apaixonar tanto pela solução, que se esquecem de analisá-las. A verdade é que o produto/serviço nasce para resolver uma dor do mercado ou interna e, portanto, a empresa precisa estar apaixonada por resolver esta situação e não pela solução em si. O produto/serviço é apenas um meio.
Neste sentido, alinhar o pensamento entre todos os envolvidos é fundamental, pois é necessário que todos estejam falando a mesma língua. Consequentemente, conseguirão responder com resultados mais efetivos a uma simples pergunta: “qual é o problema que precisamos resolver?”.
Saber o que a organização deseja resolver, isto é, qual dor do cliente precisa ser explorada, justifica o esforço empenhado (tempo e custo) para vivenciar os benefícios promovidos por este esforço.
Então, qual é a profundidade que você analisa um problema antes de partir para a execução?