Sobre a cultura organizacional
De tempo em tempo, surgem diversas discussões em torno de como influenciar a cultura organizacional para atingir os resultados de negócio.
Isto porque, a cultura está intimamente ligada à rotina de cada um dos funcionários e ao posicionamento da empresa no mercado.
Quando uma empresa toma a decisão de mudar a cultura organizacional, muitas vezes, esquece de envolver todo o time de colaboradores. E mesmo quando os envolve, acaba por lançar um “livrinho” de novos valores e princípios que devem ser incorporadas na rotina de todos da organização.
Contudo, como esperar que este novo “livrinho” mude a cultura do dia para a noite?
Comportamento
Para o psicólogo Kurt Lewin, criador da Equação do Comportamento, o comportamento é uma função da pessoa (incluindo sua história, personalidade e motivação), e seu ambiente (físico e social).
Não é possível mudar a personalidade de uma pessoa. Se isto fosse possível, acredito não ser eticamente correto fazê-lo, pois envolvem questões, por exemplo, de livre-arbítrio e o direito de expressar suas opiniões.
Neste sentido, cabe a nós trabalharmos o ambiente definido pelas informações recebidas todos os dias (notificações no celular, atualizações nas redes sociais e e-mails de trabalho) e as suas interações. Para isso, deve-se trabalhar as interações, construindo ambiente favorável para a mudança de comportamento.
Gestão visual e métricas
Nas consultorias da i9 Flow, trabalhamos bastante com a gestão visual e métricas em cada um dos projetos para promover mudança no ambiente e, por consequência, de comportamento e na cultura organizacional.
Na gestão visual é preciso tornar visível o trabalho do conhecimento para que a equipe conheça o que está em andamento e aumente a colaboração entre si, mesmo porque, não é possível gerenciar o que não se vê. A visibilidade do trabalho em andamento e seus passos permitem que todos os envolvidos também colaborem na cadeia de valor.
Já com relação às métricas, gosto de citar o professor americano Peter Drucker — “O que pode ser medido, pode ser melhorado”.
Para mim, um time sem métrica é uma equipe sem direção, pois ele tem a tendência a reagir a algo, ou seja, as ações acontecem somente depois que os problemas ocorrem. Do mesmo modo, um time com as informações certas tem menor exposição aos problemas e, portanto, ganha o poder de ação.
Além disso, as métricas podem promover a melhoria contínua baseada em fatos e dados. Com o passar do tempo, o time tende a mudar o comportamento, pois passa a enxergar valor naquilo que ele vê. Com isso, estabelece-se uma nova cultura. Faz sentido?
E quando esta cultura for estabelecida no time e por toda a organização, a i9 Flow cumpriu uma parte essencial da sua proposta de valor: criou um ambiente favorável à mudança e à adaptação a novos desafios.